Aristóteles ressuscitou e está entre nós

 Aristóteles ressuscitou e está entre nós

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É sabido que Aristóteles nasceu em 384 e morreu a 322 antes de Cristo. E de senso comum que  foi ícone em vários aspetos: filosóficos, políticos, éticos, lógicos, científicos, metafísicos e  até em o que não tinha aspeto, falo do aspeto religioso. Aristóteles não era voltado a religião, a sua filosofia era voltada a ciência. O que fez da vida, se fizesse em tempos actuais, teria o renome de cientista-filósofo, ou câmbio deste nome. Porque, a julgar pelo seu método de operar, empirista, considerar-se-ia, ou filósofo-cientista, ou cientista-filósofo.


Tempos depois da sua morte, pela exaustão dos religiosos em repetir os seus cânones, as bem ditas – verdades absolutas, quiseram extrapolar essas verdades. Segundo os historiadores, esse tipo de atitude designa-se gnose – uma verdade meta religiosa, apimentada com razão (“filosofia”). Porém muitos padres, sacerdotes, e outros intitulados religiosos negaram estar a buscar a gnose com essa atitude de querer interpretar, ou, descortinar as verdades absolutas reveladas recorrendo a outros textos de pensadores e filósofos; e, se não negaram,  não assumiram a posição de gnósticos abertamente, mas no íntimo, isto estava patente.


Por esse movimento gnóstico oculto, em busca de iluminação, ao invés de pedir e esperar de Deus a revelação (ver-se dá ou nega), temerariamente, levantaram e forçaram visões que outras culminaram no considerar Aristóteles profeta mensageiro das verdades ocultas de Deus. Isso resultou numa ressurreição. – Ressurreição de Aristóteles.


Aristóteles percebeu que muitos o queriam compreender. Bem lá onde estava, de tanto estrépito e discussões teológicas para o entender, cansou de ouvir ecos de seus nomes e títulos e renomes, decidiu descer para cada um que o chamasse tenazmente e lesse uma boa argamassa das suas obras. A cada um dizia cada coisa, por um lado porque já havia se esquecido do que falou – era muita coisa que foi escrito sob seu pensamento com seu nome; e por outro, porque outros textos são dos seus discípulos e que ele não entendeu muito bem, mas eram a luz da razão.


Portanto, veio primeiro para Alexandre e disse que intelecto humano (que conhece as coisas em potência) é diferente do divino. O divino, que é o intelecto Agente (que conhece as coisas em acto), passa ao intelecto humano, e este passa a conhecer em acto. – Ele agradeceu essa visita pomposa e filosófica de Aristóteles. Assim ele teve voz para disseminar o seu aristotelismo.

Mas tarde apareceu a um religioso que era gnóstico mas escuso. Em latim o seu nome reverbera Averróis. A este, apareceu enquanto ele acabava de ler seu suposto tratado chamado sobre a teologia que os árabes pela sua perspicácia descobriram. Aristóteles após que Averróis pronunciasse a última palavra disse: – “CHEGA! Você é inteligente demais para me compreender; você recebeu a verdade do seu Corão, a tua inteligência disse que não, quero mais verdade dessa verdade; interpretaste aquela verdade, e tiveste outra verdade, de que há outra verdade, está a qual buscas aqui nessa obra que eu mesmo esqueci quando e o que escrevi.


Essa a terceira vez a ler, e não te basta, porque não entendes, a tua inteligência fala-te que há mais outra verdade além desta que compreendes literalmente nesta obra, por isso não cansas de meditar nessa obra. Você no seu pensamento está sempre interpretando: ‘Aristóteles aqui quer dizer isto, mais aquilo’, e eu estou cansado de ouvir meu nome da parte de vós, mortais! Entretanto, eis me aqui, para revelar duma vez só o âmago dos meus ditos”.


Averróis ali, numa posição esquisita, num lugar oculto, pensando que havia sido descoberto pelas autoridades que continuava a ler o pagão de Aristóteles, respirava ofegante com olhos bem abertos, de forma estupefacta e trémula, reparava a estética do grego que ressuscitara. Toda via, o filósofo, coberto de panos, julgando veste, vai directo ao assunto que o inquieta.


A este islão Aristóteles aduziu que o intelecto era um só para todos, mas separado para os intelectos humanos. Isto quer dizer que o intelecto humano quanto divino são os mesmo, porém a nós humanos ele é separado mas não diferente. O princípio de separação dá-se devido ao corpo, pois o corpo é material, e é na matéria que ocorre o processo de divisão, individualidade. Então, no horizonte espiritual os homens conhecem mesma coisa, só que ao passar para o universo carnal chega diferente para todos por que no momento da passagem do espiritual ao material encontra o princípio de divisão, individualidade.


Depois de estar de frente com célebre Estagirita, Averróis levanta e agrega grande número de seguidores, levantando seu próprio averroísmo aristotélico.


Como o tempo é heraclítico, passou, e o que estava num lugar saiu e foi para outros lugares: o Averróis pela sua indisciplina de querer a abrir a pedra pensando que há algo no interior, foi exilado e suas obras queimadas. Mas como já havia contaminado com seu ensino, com autoridade de Aristóteles que lhe fora concedida, seu Aristóteles vou com o cronômetro no mundo afora. Até chegar a uns sincréticos religiosos.


Aristóteles, ouviu a clemência dum Santo, ou São, sabe-se lá por que prenomearam assim, mas seu nome era Tomás, ou melhor, São Tomás de Aquino. Esse ficou emocionado aquando da sua vida santa quando recebeu textos aristotélicos. Sentiu-se “diferente”, como todo mundo prega. Sentiu-se sendo original na sua filosofia cristã, que acima denominamos gnose. Pois filosofia é buscar a verdade, e o cristianismo já é uma verdade revelada, não há mais nada a se diluir. Cristo é a verdade e pronto. Queres dizer mais o quê? Achas a Bíblia insuficiente? Ou a inspiração divina dada aos sacerdotes(pastores), ministros do evangelho é insuficiente? Enfim! O santo cogitou tanto até o Aristóteles ficar incomodado.

 

Levantou Aristóteles, se dirigiu a clausura do santo e doutrinou-o segundo o que se lembrava sobre a doutrina de intelecto. Aristóteles, esquecido da sua doutrina, com o emocionado do Santo Tomás de Aquino com as suas doutrinas dogmáticas e extremistas, evangelizou o Aristóteles até aceitar o santo evangelho de Cristo – Messias em latim, mas como falava com um grego dizia Cristo. Então dessa maneira, rebatido com está suma verdade, mudou a sua tese do intelecto Agente, dizendo para este que o intelecto Agente é Logos(Cristo). Este Logos é que dá conhecer aos intelectos humanos. Assim, Tomás de Aquino funda seu aristotelismo, depois desse triunfo no debate com famigerado Aristóteles.


Aristóteles ressuscitou, está entre nós, só invoca-lo que ele vem e te falara do que nem ele mesmo lembra. É como um escritor que escreveu vários livros de natureza extensa, se o perguntar o que disse no seu livro de 4000 mil e tal páginas, dirá te bem menos de 4000 palavras que não excedem 100 páginas; as outras páginas é para falar aquilo que você quer ouvir, que atrai seu intelecto e te provoca sede de mergulhar mais, achando que tem muito mais, enquanto ele disse o que quis dizer, só e nada mais.


Eu digo: “Comi banana ontem!”. O que quis dizer com essa frase é que eu comi banana ontem. Se fores a interpretar outra coisa, será sua autoria não de mim autor. Isso é o que fizeram com Aristóteles. Andaram a falar o que ele não falou, ponto final(.).


Por Jorge Mondlane Júnior, ao meus colegas da Faculdade de Filosofia   

Aristóteles ressuscitou e está entre nós

É sabido que Aristóteles nasceu em 384 e morreu a 322 antes de Cristo. E de senso comum que  foi ícone em vários aspetos: filosóficos, políticos, éticos, lógicos, científicos, metafísicos e  até em o que não tinha aspeto, falo do aspeto religioso. Aristóteles não era voltado a religião, a sua filosofia era voltada a ciência. O que fez da vida, se fizesse em tempos actuais, teria o renome de cientista-filósofo, ou câmbio deste nome. Porque, a julgar pelo seu método de operar, empirista, considerar-se-ia, ou filósofo-cientista, ou cientista-filósofo.

Tempos depois da sua morte, pela exaustão dos religiosos em repetir os seus cânones, as bem ditas – verdades absolutas, quiseram extrapolar essas verdades. Segundo os historiadores, esse tipo de atitude designa-se gnose – uma verdade meta religiosa, apimentada com razão (“filosofia”). Porém muitos padres, sacerdotes, e outros intitulados religiosos negaram estar a buscar a gnose com essa atitude de querer interpretar, ou, descortinar as verdades absolutas reveladas recorrendo a outros textos de pensadores e filósofos; e, se não negaram,  não assumiram a posição de gnósticos abertamente, mas no íntimo, isto estava patente.

Por esse movimento gnóstico oculto, em busca de iluminação, ao invés de pedir e esperar de Deus a revelação (ver-se dá ou nega), temerariamente, levantaram e forçaram visões que outras culminaram no considerar Aristóteles profeta mensageiro das verdades ocultas de Deus. Isso resultou numa ressurreição. – Ressurreição de Aristóteles.

Aristóteles percebeu que muitos o queriam compreender. Bem lá onde estava, de tanto estrépito e discussões teológicas para o entender, cansou de ouvir ecos de seus nomes e títulos e renomes, decidiu descer para cada um que o chamasse tenazmente e lesse uma boa argamassa das suas obras. A cada um dizia cada coisa, por um lado porque já havia se esquecido do que falou – era muita coisa que foi escrito sob seu pensamento com seu nome; e por outro, porque outros textos são dos seus discípulos e que ele não entendeu muito bem, mas eram a luz da razão.

Portanto, veio primeiro para Alexandre e disse que intelecto humano (que conhece as coisas em potência) é diferente do divino. O divino, que é o intelecto Agente (que conhece as coisas em acto), passa ao intelecto humano, e este passa a conhecer em acto. – Ele agradeceu essa visita pomposa e filosófica de Aristóteles. Assim ele teve voz para disseminar o seu aristotelismo.

Mas tarde apareceu a um religioso que era gnóstico mas escuso. Em latim o seu nome reverbera Averróis. A este, apareceu enquanto ele acabava de ler seu suposto tratado chamado sobre a teologia que os árabes pela sua perspicácia descobriram. Aristóteles após que Averróis pronunciasse a última palavra disse: – “CHEGA! Você é inteligente demais para me compreender; você recebeu a verdade do seu Corão, a tua inteligência disse que não, quero mais verdade dessa verdade; interpretaste aquela verdade, e tiveste outra verdade, de que há outra verdade, está a qual buscas aqui nessa obra que eu mesmo esqueci quando e o que escrevi.

Essa a terceira vez a ler, e não te basta, porque não entendes, a tua inteligência fala-te que há mais outra verdade além desta que compreendes literalmente nesta obra, por isso não cansas de meditar nessa obra. Você no seu pensamento está sempre interpretando: ‘Aristóteles aqui quer dizer isto, mais aquilo’, e eu estou cansado de ouvir meu nome da parte de vós, mortais! Entretanto, eis me aqui, para revelar duma vez só o âmago dos meus ditos”.

Averróis ali, numa posição esquisita, num lugar oculto, pensando que havia sido descoberto pelas autoridades que continuava a ler o pagão de Aristóteles, respirava ofegante com olhos bem abertos, de forma estupefacta e trémula, reparava a estética do grego que ressuscitara. Toda via, o filósofo, coberto de panos, julgando veste, vai directo ao assunto que o inquieta.

A este islão Aristóteles aduziu que o intelecto era um só para todos, mas separado para os intelectos humanos. Isto quer dizer que o intelecto humano quanto divino são os mesmo, porém a nós humanos ele é separado mas não diferente. O princípio de separação dá-se devido ao corpo, pois o corpo é material, e é na matéria que ocorre o processo de divisão, individualidade. Então, no horizonte espiritual os homens conhecem mesma coisa, só que ao passar para o universo carnal chega diferente para todos por que no momento da passagem do espiritual ao material encontra o princípio de divisão, individualidade.

Depois de estar de frente com célebre Estagirita, Averróis levanta e agrega grande número de seguidores, levantando seu próprio averroísmo aristotélico.

Como o tempo é heraclítico, passou, e o que estava num lugar saiu e foi para outros lugares: o Averróis pela sua indisciplina de querer a abrir a pedra pensando que há algo no interior, foi exilado e suas obras queimadas. Mas como já havia contaminado com seu ensino, com autoridade de Aristóteles que lhe fora concedida, seu Aristóteles vou com o cronômetro no mundo afora. Até chegar a uns sincréticos religiosos.

Aristóteles, ouviu a clemência dum Santo, ou São, sabe-se lá por que prenomearam assim, mas seu nome era Tomás, ou melhor, São Tomás de Aquino. Esse ficou emocionado aquando da sua vida santa quando recebeu textos aristotélicos. Sentiu-se “diferente”, como todo mundo prega. Sentiu-se sendo original na sua filosofia cristã, que acima denominamos gnose. Pois filosofia é buscar a verdade, e o cristianismo já é uma verdade revelada, não há mais nada a se diluir. Cristo é a verdade e pronto. Queres dizer mais o quê? Achas a Bíblia insuficiente? Ou a inspiração divina dada aos sacerdotes(pastores), ministros do evangelho é insuficiente? Enfim! O santo cogitou tanto até o Aristóteles ficar incomodado.

 

Levantou Aristóteles, se dirigiu a clausura do santo e doutrinou-o segundo o que se lembrava sobre a doutrina de intelecto. Aristóteles, esquecido da sua doutrina, com o emocionado do Santo Tomás de Aquino com as suas doutrinas dogmáticas e extremistas, evangelizou o Aristóteles até aceitar o santo evangelho de Cristo – Messias em latim, mas como falava com um grego dizia Cristo. Então dessa maneira, rebatido com está suma verdade, mudou a sua tese do intelecto Agente, dizendo para este que o intelecto Agente é Logos(Cristo). Este Logos é que dá conhecer aos intelectos humanos. Assim, Tomás de Aquino funda seu aristotelismo, depois desse triunfo no debate com famigerado Aristóteles.

Aristóteles ressuscitou, está entre nós, só invoca-lo que ele vem e te falara do que nem ele mesmo lembra. É como um escritor que escreveu vários livros de natureza extensa, se o perguntar o que disse no seu livro de 4000 mil e tal páginas, dirá te bem menos de 4000 palavras que não excedem 100 páginas; as outras páginas é para falar aquilo que você quer ouvir, que atrai seu intelecto e te provoca sede de mergulhar mais, achando que tem muito mais, enquanto ele disse o que quis dizer, só e nada mais.

Eu digo: “Comi banana ontem!”. O que quis dizer com essa frase é que eu comi banana ontem. Se fores a interpretar outra coisa, será sua autoria não de mim autor. Isso é o que fizeram com Aristóteles. Andaram a falar o que ele não falou, ponto final(.).

Por Jorge Mondlane Júnior, ao meus colegas da Faculdade de Filosofia   

Aristóteles ressuscitou e está entre nós

É sabido que Aristóteles nasceu em 384 e morreu a 322 antes de Cristo. E de senso comum que foi ícone em vários aspetos: filosóficos, políticos, éticos, lógicos, científicos, metafísicos e até em o que não tinha aspeto, falo do aspeto religioso. Aristóteles não era voltado a religião, a sua filosofia era voltada a ciência. O que fez da vida, se fizesse em tempos actuais, teria o renome de cientista-filósofo, ou câmbio deste nome. Porque, a julgar pelo seu método de operar, empirista, considerar-se-ia, ou filósofo-cientista, ou cientista-filósofo.

Tempos depois da sua morte, pela exaustão dos religiosos em repetir os seus cânones, as bem ditas – verdades absolutas, quiseram extrapolar essas verdades. Segundo os historiadores, esse tipo de atitude designa-se gnose – uma verdade meta religiosa, apimentada com razão (“filosofia”). Porém muitos padres, sacerdotes, e outros intitulados religiosos negaram estar a buscar a gnose com essa atitude de querer interpretar, ou, descortinar as verdades absolutas reveladas recorrendo a outros textos de pensadores e filósofos; e, se não negaram, não assumiram a posição de gnósticos abertamente, mas no íntimo, isto estava patente.

Por esse movimento gnóstico oculto, em busca de iluminação, ao invés de pedir e esperar de Deus a revelação (ver-se dá ou nega), temerariamente, levantaram e forçaram visões que outras culminaram no considerar Aristóteles profeta mensageiro das verdades ocultas de Deus. Isso resultou numa ressurreição. – Ressurreição de Aristóteles.

Aristóteles percebeu que muitos o queriam compreender. Bem lá onde estava, de tanto estrépito e discussões teológicas para o entender, cansou de ouvir ecos de seus nomes e títulos e renomes, decidiu descer para cada um que o chamasse tenazmente e lesse uma boa argamassa das suas obras. A cada um dizia cada coisa, por um lado porque já havia se esquecido do que falou – era muita coisa que foi escrito sob seu pensamento com seu nome; e por outro, porque outros textos são dos seus discípulos e que ele não entendeu muito bem, mas eram a luz da razão.

Portanto, veio primeiro para Alexandre e disse que intelecto humano (que conhece as coisas em potência) é diferente do divino. O divino, que é o intelecto Agente (que conhece as coisas em acto), passa ao intelecto humano, e este passa a conhecer em acto. – Ele agradeceu essa visita pomposa e filosófica de Aristóteles. Assim ele teve voz para disseminar o seu aristotelismo.

Mas tarde apareceu a um religioso que era gnóstico mas escuso. Em latim o seu nome reverbera Averróis. A este, apareceu enquanto ele acabava de ler seu suposto tratado chamado sobre a teologia que os árabes pela sua perspicácia descobriram. Aristóteles após que Averróis pronunciasse a última palavra disse: – “CHEGA! Você é inteligente demais para me compreender; você recebeu a verdade do seu Corão, a tua inteligência disse que não, quero mais verdade dessa verdade; interpretaste aquela verdade, e tiveste outra verdade, de que há outra verdade, está a qual buscas aqui nessa obra que eu mesmo esqueci quando e o que escrevi.

Essa a terceira vez a ler, e não te basta, porque não entendes, a tua inteligência fala-te que há mais outra verdade além desta que compreendes literalmente nesta obra, por isso não cansas de meditar nessa obra. Você no seu pensamento está sempre interpretando: ‘Aristóteles aqui quer dizer isto, mais aquilo’, e eu estou cansado de ouvir meu nome da parte de vós, mortais! Entretanto, eis me aqui, para revelar duma vez só o âmago dos meus ditos”.

Averróis ali, numa posição esquisita, num lugar oculto, pensando que havia sido descoberto pelas autoridades que continuava a ler o pagão de Aristóteles, respirava ofegante com olhos bem abertos, de forma estupefacta e trémula, reparava a estética do grego que ressuscitara. Toda via, o filósofo, coberto de panos, julgando veste, vai directo ao assunto que o inquieta.

A este islão Aristóteles aduziu que o intelecto era um só para todos, mas separado para os intelectos humanos. Isto quer dizer que o intelecto humano quanto divino são os mesmo, porém a nós humanos ele é separado mas não diferente. O princípio de separação dá-se devido ao corpo, pois o corpo é material, e é na matéria que ocorre o processo de divisão, individualidade. Então, no horizonte espiritual os homens conhecem mesma coisa, só que ao passar para o universo carnal chega diferente para todos por que no momento da passagem do espiritual ao material encontra o princípio de divisão, individualidade.

Depois de estar de frente com célebre Estagirita, Averróis levanta e agrega grande número de seguidores, levantando seu próprio averroísmo aristotélico.

Como o tempo é heraclítico, passou, e o que estava num lugar saiu e foi para outros lugares: o Averróis pela sua indisciplina de querer a abrir a pedra pensando que há algo no interior, foi exilado e suas obras queimadas. Mas como já havia contaminado com seu ensino, com autoridade de Aristóteles que lhe fora concedida, seu Aristóteles vou com o cronômetro no mundo afora. Até chegar a uns sincréticos religiosos.

Aristóteles, ouviu a clemência dum Santo, ou São, sabe-se lá por que prenomearam assim, mas seu nome era Tomás, ou melhor, São Tomás de Aquino. Esse ficou emocionado aquando da sua vida santa quando recebeu textos aristotélicos. Sentiu-se “diferente”, como todo mundo prega. Sentiu-se sendo original na sua filosofia cristã, que acima denominamos gnose. Pois filosofia é buscar a verdade, e o cristianismo já é uma verdade revelada, não há mais nada a se diluir. Cristo é a verdade e pronto. Queres dizer mais o quê? Achas a Bíblia insuficiente? Ou a inspiração divina dada aos sacerdotes(pastores), ministros do evangelho é insuficiente? Enfim! O santo cogitou tanto até o Aristóteles ficar incomodado.

Levantou Aristóteles, se dirigiu a clausura do santo e doutrinou-o segundo o que se lembrava sobre a doutrina de intelecto. Aristóteles, esquecido da sua doutrina, com o emocionado do Santo Tomás de Aquino com as suas doutrinas dogmáticas e extremistas, evangelizou o Aristóteles até aceitar o santo evangelho de Cristo – Messias em latim, mas como falava com um grego dizia Cristo. Então dessa maneira, rebatido com está suma verdade, mudou a sua tese do intelecto Agente, dizendo para este que o intelecto Agente é Logos(Cristo). Este Logos é que dá conhecer aos intelectos humanos. Assim, Tomás de Aquino funda seu aristotelismo, depois desse triunfo no debate com famigerado Aristóteles.

Aristóteles ressuscitou, está entre nós, só invoca-lo que ele vem e te falara do que nem ele mesmo lembra. É como um escritor que escreveu vários livros de natureza extensa, se o perguntar o que disse no seu livro de 4000 mil e tal páginas, dirá te bem menos de 4000 palavras que não excedem 100 páginas; as outras páginas é para falar aquilo que você quer ouvir, que atrai seu intelecto e te provoca sede de mergulhar mais, achando que tem muito mais, enquanto ele disse o que quis dizer, só e nada mais.

Eu digo: “Comi banana ontem!”. O que quis dizer com essa frase é que eu comi banana ontem. Se fores a interpretar outra coisa, será sua autoria não de mim autor. Isso é o que fizeram com Aristóteles. Andaram a falar o que ele não falou, ponto final(.).

Por Jorge Mondlane Júnior, ao meus colegas da Faculdade de Filosofia

Aristóteles ressuscitou e está entre nós

É sabido que Aristóteles nasceu em 384 e morreu a 322 antes de Cristo. E de senso comum que foi ícone em vários aspetos: filosóficos, políticos, éticos, lógicos, científicos, metafísicos e até em o que não tinha aspeto, falo do aspeto religioso. Aristóteles não era voltado a religião, a sua filosofia era voltada a ciência. O que fez da vida, se fizesse em tempos actuais, teria o renome de cientista-filósofo, ou câmbio deste nome. Porque, a julgar pelo seu método de operar, empirista, considerar-se-ia, ou filósofo-cientista, ou cientista-filósofo.


Tempos depois da sua morte, pela exaustão dos religiosos em repetir os seus cânones, as bem ditas – verdades absolutas, quiseram extrapolar essas verdades. Segundo os historiadores, esse tipo de atitude designa-se gnose – uma verdade meta religiosa, apimentada com razão (“filosofia”). Porém muitos padres, sacerdotes, e outros intitulados religiosos negaram estar a buscar a gnose com essa atitude de querer interpretar, ou, descortinar as verdades absolutas reveladas recorrendo a outros textos de pensadores e filósofos; e, se não negaram, não assumiram a posição de gnósticos abertamente, mas no íntimo, isto estava patente.

Por esse movimento gnóstico oculto, em busca de iluminação, ao invés de pedir e esperar de Deus a revelação (ver-se dá ou nega), temerariamente, levantaram e forçaram visões que outras culminaram no considerar Aristóteles profeta mensageiro das verdades ocultas de Deus. Isso resultou numa ressurreição. – Ressurreição de Aristóteles.

Aristóteles percebeu que muitos o queriam compreender. Bem lá onde estava, de tanto estrépito e discussões teológicas para o entender, cansou de ouvir ecos de seus nomes e títulos e renomes, decidiu descer para cada um que o chamasse tenazmente e lesse uma boa argamassa das suas obras. A cada um dizia cada coisa, por um lado porque já havia se esquecido do que falou – era muita coisa que foi escrito sob seu pensamento com seu nome; e por outro, porque outros textos são dos seus discípulos e que ele não entendeu muito bem, mas eram a luz da razão.

Portanto, veio primeiro para Alexandre e disse que intelecto humano (que conhece as coisas em potência) é diferente do divino. O divino, que é o intelecto Agente (que conhece as coisas em acto), passa ao intelecto humano, e este passa a conhecer em acto. – Ele agradeceu essa visita pomposa e filosófica de Aristóteles. Assim ele teve voz para disseminar o seu aristotelismo.

Mas tarde apareceu a um religioso que era gnóstico mas escuso. Em latim o seu nome reverbera Averróis. A este, apareceu enquanto ele acabava de ler seu suposto tratado chamado sobre a teologia que os árabes pela sua perspicácia descobriram. Aristóteles após que Averróis pronunciasse a última palavra disse: – “CHEGA! Você é inteligente demais para me compreender; você recebeu a verdade do seu Corão, a tua inteligência disse que não, quero mais verdade dessa verdade; interpretaste aquela verdade, e tiveste outra verdade, de que há outra verdade, está a qual buscas aqui nessa obra que eu mesmo esqueci quando e o que escrevi.

Essa a terceira vez a ler, e não te basta, porque não entendes, a tua inteligência fala-te que há mais outra verdade além desta que compreendes literalmente nesta obra, por isso não cansas de meditar nessa obra. Você no seu pensamento está sempre interpretando: ‘Aristóteles aqui quer dizer isto, mais aquilo’, e eu estou cansado de ouvir meu nome da parte de vós, mortais! Entretanto, eis me aqui, para revelar duma vez só o âmago dos meus ditos”.

Averróis ali, numa posição esquisita, num lugar oculto, pensando que havia sido descoberto pelas autoridades que continuava a ler o pagão de Aristóteles, respirava ofegante com olhos bem abertos, de forma estupefacta e trémula, reparava a estética do grego que ressuscitara. Toda via, o filósofo, coberto de panos, julgando veste, vai directo ao assunto que o inquieta.

A este islão Aristóteles aduziu que o intelecto era um só para todos, mas separado para os intelectos humanos. Isto quer dizer que o intelecto humano quanto divino são os mesmo, porém a nós humanos ele é separado mas não diferente. O princípio de separação dá-se devido ao corpo, pois o corpo é material, e é na matéria que ocorre o processo de divisão, individualidade. Então, no horizonte espiritual os homens conhecem mesma coisa, só que ao passar para o universo carnal chega diferente para todos por que no momento da passagem do espiritual ao material encontra o princípio de divisão, individualidade.

Depois de estar de frente com célebre Estagirita, Averróis levanta e agrega grande número de seguidores, levantando seu próprio averroísmo aristotélico.

Como o tempo é heraclítico, passou, e o que estava num lugar saiu e foi para outros lugares: o Averróis pela sua indisciplina de querer a abrir a pedra pensando que há algo no interior, foi exilado e suas obras queimadas. Mas como já havia contaminado com seu ensino, com autoridade de Aristóteles que lhe fora concedida, seu Aristóteles vou com o cronômetro no mundo afora. Até chegar a uns sincréticos religiosos.

Aristóteles, ouviu a clemência dum Santo, ou São, sabe-se lá por que prenomearam assim, mas seu nome era Tomás, ou melhor, São Tomás de Aquino. Esse ficou emocionado aquando da sua vida santa quando recebeu textos aristotélicos. Sentiu-se “diferente”, como todo mundo prega. Sentiu-se sendo original na sua filosofia cristã, que acima denominamos gnose. Pois filosofia é buscar a verdade, e o cristianismo já é uma verdade revelada, não há mais nada a se diluir. Cristo é a verdade e pronto. Queres dizer mais o quê? Achas a Bíblia insuficiente? Ou a inspiração divina dada aos sacerdotes(pastores), ministros do evangelho é insuficiente? Enfim! O santo cogitou tanto até o Aristóteles ficar incomodado.

Levantou Aristóteles, se dirigiu a clausura do santo e doutrinou-o segundo o que se lembrava sobre a doutrina de intelecto. Aristóteles, esquecido da sua doutrina, com o emocionado do Santo Tomás de Aquino com as suas doutrinas dogmáticas e extremistas, evangelizou o Aristóteles até aceitar o santo evangelho de Cristo – Messias em latim, mas como falava com um grego dizia Cristo. Então dessa maneira, rebatido com está suma verdade, mudou a sua tese do intelecto Agente, dizendo para este que o intelecto Agente é Logos(Cristo). Este Logos é que dá conhecer aos intelectos humanos. Assim, Tomás de Aquino funda seu aristotelismo, depois desse triunfo no debate com famigerado Aristóteles.

Aristóteles ressuscitou, está entre nós, só invoca-lo que ele vem e te falara do que nem ele mesmo lembra. É como um escritor que escreveu vários livros de natureza extensa, se o perguntar o que disse no seu livro de 4000 mil e tal páginas, dirá te bem menos de 4000 palavras que não excedem 100 páginas; as outras páginas é para falar aquilo que você quer ouvir, que atrai seu intelecto e te provoca sede de mergulhar mais, achando que tem muito mais, enquanto ele disse o que quis dizer, só e nada mais.

Eu digo: “Comi banana ontem!”. O que quis dizer com essa frase é que eu comi banana ontem. Se fores a interpretar outra coisa, será sua autoria não de mim autor. Isso é o que fizeram com Aristóteles. Andaram a falar o que ele não falou, ponto final(.).

Por Jorge Mondlane Júnior, ao meus colegas da Faculdade de Filosofia

Aristóteles ressuscitou e está entre nós

É sabido que Aristóteles nasceu em 384 e morreu a 322 antes de Cristo. E de senso comum que foi ícone em vários aspetos: filosóficos, políticos, éticos, lógicos, científicos, metafísicos e até em o que não tinha aspeto, falo do aspeto religioso. Aristóteles não era voltado a religião, a sua filosofia era voltada a ciência. O que fez da vida, se fizesse em tempos actuais, teria o renome de cientista-filósofo, ou câmbio deste nome. Porque, a julgar pelo seu método de operar, empirista, considerar-se-ia, ou filósofo-cientista, ou cientista-filósofo.

Tempos depois da sua morte, pela exaustão dos religiosos em repetir os seus cânones, as bem ditas – verdades absolutas, quiseram extrapolar essas verdades. Segundo os historiadores, esse tipo de atitude designa-se gnose – uma verdade meta religiosa, apimentada com razão (“filosofia”). Porém muitos padres, sacerdotes, e outros intitulados religiosos negaram estar a buscar a gnose com essa atitude de querer interpretar, ou, descortinar as verdades absolutas reveladas recorrendo a outros textos de pensadores e filósofos; e, se não negaram, não assumiram a posição de gnósticos abertamente, mas no íntimo, isto estava patente.

Por esse movimento gnóstico oculto, em busca de iluminação, ao invés de pedir e esperar de Deus a revelação (ver-se dá ou nega), temerariamente, levantaram e forçaram visões que outras culminaram no considerar Aristóteles profeta mensageiro das verdades ocultas de Deus. Isso resultou numa ressurreição. – Ressurreição de Aristóteles.

Aristóteles percebeu que muitos o queriam compreender. Bem lá onde estava, de tanto estrépito e discussões teológicas para o entender, cansou de ouvir ecos de seus nomes e títulos e renomes, decidiu descer para cada um que o chamasse tenazmente e lesse uma boa argamassa das suas obras. A cada um dizia cada coisa, por um lado porque já havia se esquecido do que falou – era muita coisa que foi escrito sob seu pensamento com seu nome; e por outro, porque outros textos são dos seus discípulos e que ele não entendeu muito bem, mas eram a luz da razão.

Portanto, veio primeiro para Alexandre e disse que intelecto humano (que conhece as coisas em potência) é diferente do divino. O divino, que é o intelecto Agente (que conhece as coisas em acto), passa ao intelecto humano, e este passa a conhecer em acto. – Ele agradeceu essa visita pomposa e filosófica de Aristóteles. Assim ele teve voz para disseminar o seu aristotelismo.

Mas tarde apareceu a um religioso que era gnóstico mas escuso. Em latim o seu nome reverbera Averróis. A este, apareceu enquanto ele acabava de ler seu suposto tratado chamado sobre a teologia que os árabes pela sua perspicácia descobriram. Aristóteles após que Averróis pronunciasse a última palavra disse: – “CHEGA! Você é inteligente demais para me compreender; você recebeu a verdade do seu Corão, a tua inteligência disse que não, quero mais verdade dessa verdade; interpretaste aquela verdade, e tiveste outra verdade, de que há outra verdade, está a qual buscas aqui nessa obra que eu mesmo esqueci quando e o que escrevi.

Essa a terceira vez a ler, e não te basta, porque não entendes, a tua inteligência fala-te que há mais outra verdade além desta que compreendes literalmente nesta obra, por isso não cansas de meditar nessa obra. Você no seu pensamento está sempre interpretando: ‘Aristóteles aqui quer dizer isto, mais aquilo’, e eu estou cansado de ouvir meu nome da parte de vós, mortais! Entretanto, eis me aqui, para revelar duma vez só o âmago dos meus ditos”.

Averróis ali, numa posição esquisita, num lugar oculto, pensando que havia sido descoberto pelas autoridades que continuava a ler o pagão de Aristóteles, respirava ofegante com olhos bem abertos, de forma estupefacta e trémula, reparava a estética do grego que ressuscitara. Toda via, o filósofo, coberto de panos, julgando veste, vai directo ao assunto que o inquieta.

A este islão Aristóteles aduziu que o intelecto era um só para todos, mas separado para os intelectos humanos. Isto quer dizer que o intelecto humano quanto divino são os mesmo, porém a nós humanos ele é separado mas não diferente. O princípio de separação dá-se devido ao corpo, pois o corpo é material, e é na matéria que ocorre o processo de divisão, individualidade. Então, no horizonte espiritual os homens conhecem mesma coisa, só que ao passar para o universo carnal chega diferente para todos por que no momento da passagem do espiritual ao material encontra o princípio de divisão, individualidade.

Depois de estar de frente com célebre Estagirita, Averróis levanta e agrega grande número de seguidores, levantando seu próprio averroísmo aristotélico.

Como o tempo é heraclítico, passou, e o que estava num lugar saiu e foi para outros lugares: o Averróis pela sua indisciplina de querer a abrir a pedra pensando que há algo no interior, foi exilado e suas obras queimadas. Mas como já havia contaminado com seu ensino, com autoridade de Aristóteles que lhe fora concedida, seu Aristóteles vou com o cronômetro no mundo afora. Até chegar a uns sincréticos religiosos.

Aristóteles, ouviu a clemência dum Santo, ou São, sabe-se lá por que prenomearam assim, mas seu nome era Tomás, ou melhor, São Tomás de Aquino. Esse ficou emocionado aquando da sua vida santa quando recebeu textos aristotélicos. Sentiu-se “diferente”, como todo mundo prega. Sentiu-se sendo original na sua filosofia cristã, que acima denominamos gnose. Pois filosofia é buscar a verdade, e o cristianismo já é uma verdade revelada, não há mais nada a se diluir. Cristo é a verdade e pronto. Queres dizer mais o quê? Achas a Bíblia insuficiente? Ou a inspiração divina dada aos sacerdotes(pastores), ministros do evangelho é insuficiente? Enfim! O santo cogitou tanto até o Aristóteles ficar incomodado.

Levantou Aristóteles, se dirigiu a clausura do santo e doutrinou-o segundo o que se lembrava sobre a doutrina de intelecto. Aristóteles, esquecido da sua doutrina, com o emocionado do Santo Tomás de Aquino com as suas doutrinas dogmáticas e extremistas, evangelizou o Aristóteles até aceitar o santo evangelho de Cristo – Messias em latim, mas como falava com um grego dizia Cristo. Então dessa maneira, rebatido com está suma verdade, mudou a sua tese do intelecto Agente, dizendo para este que o intelecto Agente é Logos(Cristo). Este Logos é que dá conhecer aos intelectos humanos. Assim, Tomás de Aquino funda seu aristotelismo, depois desse triunfo no debate com famigerado Aristóteles.

Aristóteles ressuscitou, está entre nós, só invoca-lo que ele vem e te falara do que nem ele mesmo lembra. É como um escritor que escreveu vários livros de natureza extensa, se o perguntar o que disse no seu livro de 4000 mil e tal páginas, dirá te bem menos de 4000 palavras que não excedem 100 páginas; as outras páginas é para falar aquilo que você quer ouvir, que atrai seu intelecto e te provoca sede de mergulhar mais, achando que tem muito mais, enquanto ele disse o que quis dizer, só e nada mais.

Eu digo: “Comi banana ontem!”. O que quis dizer com essa frase é que eu comi banana ontem. Se fores a interpretar outra coisa, será sua autoria não de mim autor. Isso é o que fizeram com Aristóteles. Andaram a falar o que ele não falou, ponto final(.).

Por Jorge Mondlane Júnior, ao meus colegas da Faculdade de Filosofia

Aristóteles ressuscitou e está entre nós

É sabido que Aristóteles nasceu em 384 e morreu a 322 antes de Cristo. E de senso comum que foi ícone em vários aspetos: filosóficos, políticos, éticos, lógicos, científicos, metafísicos e até em o que não tinha aspeto, falo do aspeto religioso. Aristóteles não era voltado a religião, a sua filosofia era voltada a ciência. O que fez da vida, se fizesse em tempos actuais, teria o renome de cientista-filósofo, ou câmbio deste nome. Porque, a julgar pelo seu método de operar, empirista, considerar-se-ia, ou filósofo-cientista, ou cientista-filósofo.

Tempos depois da sua morte, pela exaustão dos religiosos em repetir os seus cânones, as bem ditas – verdades absolutas, quiseram extrapolar essas verdades. Segundo os historiadores, esse tipo de atitude designa-se gnose – uma verdade meta religiosa, apimentada com razão (“filosofia”). Porém muitos padres, sacerdotes, e outros intitulados religiosos negaram estar a buscar a gnose com essa atitude de querer interpretar, ou, descortinar as verdades absolutas reveladas recorrendo a outros textos de pensadores e filósofos; e, se não negaram, não assumiram a posição de gnósticos abertamente, mas no íntimo, isto estava patente.

Por esse movimento gnóstico oculto, em busca de iluminação, ao invés de pedir e esperar de Deus a revelação (ver-se dá ou nega), temerariamente, levantaram e forçaram visões que outras culminaram no considerar Aristóteles profeta mensageiro das verdades ocultas de Deus. Isso resultou numa ressurreição. – Ressurreição de Aristóteles.

Aristóteles percebeu que muitos o queriam compreender. Bem lá onde estava, de tanto estrépito e discussões teológicas para o entender, cansou de ouvir ecos de seus nomes e títulos e renomes, decidiu descer para cada um que o chamasse tenazmente e lesse uma boa argamassa das suas obras. A cada um dizia cada coisa, por um lado porque já havia se esquecido do que falou – era muita coisa que foi escrito sob seu pensamento com seu nome; e por outro, porque outros textos são dos seus discípulos e que ele não entendeu muito bem, mas eram a luz da razão.

Portanto, veio primeiro para Alexandre e disse que intelecto humano (que conhece as coisas em potência) é diferente do divino. O divino, que é o intelecto Agente (que conhece as coisas em acto), passa ao intelecto humano, e este passa a conhecer em acto. – Ele agradeceu essa visita pomposa e filosófica de Aristóteles. Assim ele teve voz para disseminar o seu aristotelismo.

Mas tarde apareceu a um religioso que era gnóstico mas escuso. Em latim o seu nome reverbera Averróis. A este, apareceu enquanto ele acabava de ler seu suposto tratado chamado sobre a teologia que os árabes pela sua perspicácia descobriram. Aristóteles após que Averróis pronunciasse a última palavra disse: – “CHEGA! Você é inteligente demais para me compreender; você recebeu a verdade do seu Corão, a tua inteligência disse que não, quero mais verdade dessa verdade; interpretaste aquela verdade, e tiveste outra verdade, de que há outra verdade, está a qual buscas aqui nessa obra que eu mesmo esqueci quando e o que escrevi.

Essa a terceira vez a ler, e não te basta, porque não entendes, a tua inteligência fala-te que há mais outra verdade além desta que compreendes literalmente nesta obra, por isso não cansas de meditar nessa obra. Você no seu pensamento está sempre interpretando: ‘Aristóteles aqui quer dizer isto, mais aquilo’, e eu estou cansado de ouvir meu nome da parte de vós, mortais! Entretanto, eis me aqui, para revelar duma vez só o âmago dos meus ditos”.

Averróis ali, numa posição esquisita, num lugar oculto, pensando que havia sido descoberto pelas autoridades que continuava a ler o pagão de Aristóteles, respirava ofegante com olhos bem abertos, de forma estupefacta e trémula, reparava a estética do grego que ressuscitara. Toda via, o filósofo, coberto de panos, julgando veste, vai directo ao assunto que o inquieta.

A este islão Aristóteles aduziu que o intelecto era um só para todos, mas separado para os intelectos humanos. Isto quer dizer que o intelecto humano quanto divino são os mesmo, porém a nós humanos ele é separado mas não diferente. O princípio de separação dá-se devido ao corpo, pois o corpo é material, e é na matéria que ocorre o processo de divisão, individualidade. Então, no horizonte espiritual os homens conhecem mesma coisa, só que ao passar para o universo carnal chega diferente para todos por que no momento da passagem do espiritual ao material encontra o princípio de divisão, individualidade.

Depois de estar de frente com célebre Estagirita, Averróis levanta e agrega grande número de seguidores, levantando seu próprio averroísmo aristotélico.

Como o tempo é heraclítico, passou, e o que estava num lugar saiu e foi para outros lugares: o Averróis pela sua indisciplina de querer a abrir a pedra pensando que há algo no interior, foi exilado e suas obras queimadas. Mas como já havia contaminado com seu ensino, com autoridade de Aristóteles que lhe fora concedida, seu Aristóteles vou com o cronômetro no mundo afora. Até chegar a uns sincréticos religiosos.

Aristóteles, ouviu a clemência dum Santo, ou São, sabe-se lá por que prenomearam assim, mas seu nome era Tomás, ou melhor, São Tomás de Aquino. Esse ficou emocionado aquando da sua vida santa quando recebeu textos aristotélicos. Sentiu-se “diferente”, como todo mundo prega. Sentiu-se sendo original na sua filosofia cristã, que acima denominamos gnose. Pois filosofia é buscar a verdade, e o cristianismo já é uma verdade revelada, não há mais nada a se diluir. Cristo é a verdade e pronto. Queres dizer mais o quê? Achas a Bíblia insuficiente? Ou a inspiração divina dada aos sacerdotes(pastores), ministros do evangelho é insuficiente? Enfim! O santo cogitou tanto até o Aristóteles ficar incomodado.

Levantou Aristóteles, se dirigiu a clausura do santo e doutrinou-o segundo o que se lembrava sobre a doutrina de intelecto. Aristóteles, esquecido da sua doutrina, com o emocionado do Santo Tomás de Aquino com as suas doutrinas dogmáticas e extremistas, evangelizou o Aristóteles até aceitar o santo evangelho de Cristo – Messias em latim, mas como falava com um grego dizia Cristo. Então dessa maneira, rebatido com está suma verdade, mudou a sua tese do intelecto Agente, dizendo para este que o intelecto Agente é Logos(Cristo). Este Logos é que dá conhecer aos intelectos humanos. Assim, Tomás de Aquino funda seu aristotelismo, depois desse triunfo no debate com famigerado Aristóteles.

Aristóteles ressuscitou, está entre nós, só invoca-lo que ele vem e te falara do que nem ele mesmo lembra. É como um escritor que escreveu vários livros de natureza extensa, se o perguntar o que disse no seu livro de 4000 mil e tal páginas, dirá te bem menos de 4000 palavras que não excedem 100 páginas; as outras páginas é para falar aquilo que você quer ouvir, que atrai seu intelecto e te provoca sede de mergulhar mais, achando que tem muito mais, enquanto ele disse o que quis dizer, só e nada mais.

Eu digo: “Comi banana ontem!”. O que quis dizer com essa frase é que eu comi banana ontem. Se fores a interpretar outra coisa, será sua autoria não de mim autor. Isso é o que fizeram com Aristóteles. Andaram a falar o que ele não falou, ponto final(.).

Por Jorge Mondlane Júnior, ao meus colegas da Faculdade de Filosofia


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